Tínhamos
muitas ideias sobre a pesquisa etnográfica e investigamos as
possibilidades com vários grupos diferentes. De jovens evangélicos
a aplicativos
de “bears”
(ursos;
subcultura das comunidades gay/bissexual masculina). Entendemos que a
incursão nesses grupos seria mais complicada; adquirir a confiança
necessária para a pesquisa e que a desestigmatização atravessaria,
em algum momento, a nossa própria identidade de pesquisadores
etnográficos.
A
escolha do grupo passou também por nossas experiências particulares
e coletivas com
a cidade.
Compartilhamos o gosto pela cultura hip-hop e as manifestações de
street-art. São Paulo, de certa forma, educou meu olhar para as ruas
e
essas expressões sempre chamaram a minha atenção. O graffitti,
mais bem aceito e considerado oficialmente a “arte das ruas” e a
pixação, ainda estigmatizada e agressiva ao olhar da maioria das
pessoas (e do Estado).
Nossa curiosidade tendeu para esta segunda
manifestação e partimos agora em busca de referencias para a
pesquisa.