31.3.14

Começando

Tínhamos muitas ideias sobre a pesquisa etnográfica e investigamos as possibilidades com vários grupos diferentes. De jovens evangélicos a aplicativos de “bears” (ursos; subcultura das comunidades gay/bissexual masculina). Entendemos que a incursão nesses grupos seria mais complicada; adquirir a confiança necessária para a pesquisa e que a desestigmatização atravessaria, em algum momento, a nossa própria identidade de pesquisadores etnográficos.

A escolha do grupo passou também por nossas experiências particulares e coletivas com a cidade. Compartilhamos o gosto pela cultura hip-hop e as manifestações de street-art. São Paulo, de certa forma, educou meu olhar para as ruas e essas expressões sempre chamaram a minha atenção. O graffitti, mais bem aceito e considerado oficialmente a “arte das ruas” e a pixação, ainda estigmatizada e agressiva ao olhar da maioria das pessoas (e do Estado). 

Nossa curiosidade tendeu para esta segunda manifestação e partimos agora em busca de referencias para a pesquisa.